A vitamina D é produzida através da exposição solar de um pró-hormônio contido em nossa pele, que será convertido na forma ativa da vitamina D após reações químicas no organismo, principalmente no fígado e nos rins. A forma ativa da vitamina D exercerá suas ações no nosso organismo através da sua ligação em seus receptores. É como se fosse um sistema de chave e fechadura, em que a vitamina D seria a chave e o receptor a fechadura, ou seja, a vitamina D só funcionará adequadamente quando encontrar o receptor que se encaixa perfeitamente nela.
A vitamina D já está bem relacionada ao metabolismo ósseo e por esse motivo, manter seus níveis adequados auxilia na saúde óssea, prevenção e tratamento de doenças ósseas, como osteoporose. Vários estudos tem demonstrado que os receptores de vitamina D estão presentes em outros tecidos do corpo além do ósseo como por exemplo em células cutâneas, células neoplásicas, células do sistema imune, aumentando assim as possibilidades de benefícios da manutenção dos níveis adequados de vitamina D.
Apesar dessas possibilidades de benefícios do uso de vitamina D, como na melhora da imunidade, os estudos demonstraram que a suplementação acima dos níveis recomendados de forma geral não demonstrou benefício extra para qualquer dessas possíveis indicações.
Por esse motivo, o recomendado é manter esses níveis dentro dos valores recomendados pelas Sociedades Médicas, representado por valores acima de 20ng/ml para população em geral e acima de 30ng/ml para população de risco. Lembrando que níveis acima de 100ng/ml aumentam muito o risco de efeitos adversos como aumento do cálcio, cálculos renais, arritmias, insuficiência renal, dentre outros. Assim, sempre que pensarmos em suplementação de vitamina D, é importantíssimo antes ter uma avaliação médica minuciosa para decisão da necessidade e melhor tratamento para cada pessoa, uma vez que a dose recomendada deve ser individualizada para garantir excelentes efeitos dessa suplementação.